MEDITANDO COM CONFÚCIO SOBRE A SAÚDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ILHÉUS: “ SABER O QUE É CORRETO E NÃO FAZER É FALTA DE CORAGEM”


POR MIRINHO DUARTE

Onde estavam os nossos vereadores nesses últimos 03 anos e 06 meses? Sumidos? Escondidos? Fugidos ou escafedidos?

Por que estão aparecendo somente agora, 06 meses antes das eleições?

O que fizeram durante esse mandato pela SAÚDE PÚBLICA MUNICIPAL e quais as propostas que estão oferecendo na busca da reeleição?

Quem são os membros da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Ilhéus? Quantas vezes essa Comissão se reuniu durante todo esse período? Há quem diga que NENHUMA.

Pois é, temos visto com frequência pelos quatro cantos do município, os nossos edis com a cara de “mamãe sacode”, omitindo o que não fizeram quando deveria, mentindo ao prometer fazer o que não farão e num vai-e-vem frenético tentam em vão resgatar a confiança do eleitor na caça de votos para se reelegerem.

Considerado de fome na visão de um edil, o salário do vereador é tentador e o faz perder o senso da autocritica, de modo que, sem prestar contas do seu mandato, busca na “tora”, no “gogó” o voto do eleitor por um motivo conhecido: o salário e regalias. Trabalho? “Neca de pitibiriba”! Essa realidade se revela quando comparado o valor desse salário com a situação econômica, social e financeira regional, ou, quando constatamos que o valor recebido por um vereador em apenas UMA Sessão é maior que o salário mínimo de um trabalhador em UM MÊS, ou, ainda, quando verificamos que a jornada do Vereador corresponde a 32 horas mensais, enquanto o trabalhador cumpre o limite máximo de 220 horas/mês trabalhadas. 

Mas, o “mal dos sabidos é pensar que todo mundo é besta”, porque nessa fase da política, a bola da vez é do eleitor que dispõe da tecnologia repassando-lhe milhões de informações todos os dias, permitindo-lhe conhecer e saber “quem é quem”, principalmente, em municípios do interior, onde todo mundo conhece todo mundo e Ilhéus não foge a essa regra. Portanto, pedir votos sem mostrar trabalho não é honesto, não é justo, não faz parte de um jogo limpo, porém, nesse jogo, vale tudo pelo volumoso e viciante salário que está para o vereador, assim como, na mesma proporção de importância, a droga, está para o “Nóia”.

Como na guerra o azar é festa, a sanha pela grana é tamanha que para se reeleger, não será demasiado se ouvir de um vereador a mirabolante proposta de um trabalho em parceira com Elon Musk para construir uma escada rolante ligando a terra ao céu e através de uma rampa ao purgatório e, de lá, acessando a um túnel fechado com ar refrigerado em toda a sua extensão, se chegará ao ponto final: o inferno. Quem quer embarcar nessa viagem votando no candidato a reeleição estará colocando a nossa Ilhéus no ponto final dessa proposta.

Destarte, não adianta tirar o braço da seringa e alegar que não realizou o seu trabalho por fazer parte da minoria, ou que sendo da maioria aliada do prefeito a este deve obediência. O certo é que nenhum dos nossos edis cumpriu sua função de legislar, de fiscalizar e julgar os atos do prefeito e de seus pares, como por exemplo, qual o vereador capaz de responder: 

Quantos oncologistas estão disponíveis pelo SUS atendendo pacientes com câncer em nosso município? Quais os tipos de câncer tratados em Ilhéus e se há médicos especialistas para acompanhar o tratamento de cada tipo? Qual vereador que sabe informar sobre a falta da injeção usada no tratamento do paciente com câncer, comprometendo o tratamento? Quantos pacientes estão na fila do TFD aguardando uma vaga em outro centro e qual o tempo de aguardo de cada um nessa fila? Qual a medida apresentada pelos vereadores diante da situação dos pacientes cardíacos, oncológicos, acometidos por AVC, idosos, enfim, com dificuldades de locomoção serem obrigados a concorrer a uma senha para serem atendidos no prédio onde funciona o TFD, compelidos a subir quatro vãos de escadas até o setor do serviço desejado, porque nem sempre o elevador “dinossaurico” está funcionando e quando funciona, corre-se risco de um defeito deixa-los presos agravando a sua situação de Saúde? Será que o prédio onde funciona o TFD tem certificação de inspeção e inspetoria do Corpo de Bombeiros atestando segurança contra incêndios? O prédio onde funciona o TFD é adequado para a sua finalidade? Em caso de um incêndio como proteger os pacientes com as comorbidades que não lhes permite uma fuga rápida do local do sinistro? Será que os nossos edis já visitaram a UPA onde diariamente pessoas se avolumam em busca de socorro, principalmente, crianças aguardam por mais de 06 horas para serem atendidas e depois liberadas, apenas com a hipótese diagnóstica de dengue ou virose, sem nenhum exame laboratorial para confirmação? Por que os nossos edis não sugerem ao prefeito a disponibilidade de dois laboratórios 24 horas, um na zona sul e outro na zona norte para realização de exames de urgência, pelo menos enquanto durar essa epidemia de dengue? Será que os nossos edis têm conhecimento que mães apavoradas estão buscando atendimento médico para os seus filhos na cidade de Itabuna por não serem atendidas em Ilhéus? 

Por fim, Meditando com Confúcio, Filósofo e Pensador chinês, que ao exprimir o seu pensamento: “SABER O QUE É CORRETO E NÃO FAZER É FALTA DE CORAGEM”, deu um salto lá de trás, de pouco mais de 2 mil anos, aterrissando na atual legislatura da Câmara Municipal de Ilhéus, na qual, há um Colegiado de Vereadores, todos, dotados da capacidade de discernimento e sabedores do que é CORRETO, contudo, quando se trata do cumprimento das suas funções e deveres previstos no ordenamento jurídico pátrio, em especial na Lei Orgânica do Município e Regimento Interno uns, por ação, saem pela tangente, enquanto, outros, por omissão, silenciam quando deveriam se posicionar.

CONCLUSÃO: “Saber o que é correto fazer”, todos os nossos vereadores sabem e se não fazem, não é somente pela falta de coragem: a minoria pela conveniência e maioria pela conivência. Portanto, se reeleitos, a minoria continuará afirmando que não trabalha por ser minoria de oposição e a maioria por ter como função exclusiva “bater palminhas” e balançar a cabeça qual Catende às imposições do prefeito. Quem trabalha bem deve ganhar bem, mas “quem não trabalha, não come”

ILHÉUS TEM JEITO: BASTA NÃO REELEGER VEREADORES NEM O CANDIDA

TO DO PREFEITO. 


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