Comissão de Transporte conclui relatório; segundo Augustão agora é entre o governo municipal e as empresas

 


O estudo de viabilidade técnica do sistema público de transporte de Ilhéus contendo uma análise do atual quadro do serviço prestado à população e um cenário da melhoria paulatina do serviço, é o resultado do trabalho realizado nas quatro Audiências Públicas promovidas pela Comissão de Transporte Público e Mobilidade Urbana, da Câmara de Vereadores de Ilhéus. A série de encontros contou com a participação de especialistas em mobilidade urbana, empresários, representações de sindicatos e associações, além de parlamentares.

De acordo com o vereador Augustão (PT), presidente da Comissão Permanente e coordenador das audiências, agora o próximo passo a ser dado será entregar este relatório ao Poder Executivo para que, em conjunto com as empresas concessionárias, coloque em prática as propostas. Augustão lamenta que em todas as audiências realizadas pela Comissão a prefeitura não tenha enviado nenhum representante. “Os empresários do transporte colocaram claramente a dificuldade em avançar, pelo fato de o poder público não ter participado dos debates. Alegam que são contratados e não podem definir o que fazer. Esse papel é, portanto, da Prefeitura”, afirmou o vereador.

Medidas

As empresas concessionárias do transporte público de Ilhéus se comprometeram a voltar a circular com 70 por cento da frota quando houver condições de alinhar as planilhas de viagem e a construção, por parte do Poder Executivo, de uma tabela-horário que permita, de forma planejada, a circulação dos veículos, conforme cenário de cada demanda das linhas oferecidas.

Representando a Associação das Empresas de Transporte de Ilhéus (Atranspi), o empresário Tassizo Carletto alerta: o serviço do transporte coletivo está próximo de um colapso, porque a situação de operação é grave. As empresas alegam não conseguir competir com o transporte alternativo e, hoje, aponta o empresário, o passageiro que paga a tarifa inteira é apenas ⅓ dos usuários.

“Fomos até onde poderíamos ir e contribuir para que a população possa ter um transporte de qualidade. A Câmara não pode, neste momento, ir além daqui. É preciso que a Prefeitura assuma o seu papel de buscar a solução, já que apresentamos as saídas mais viáveis e rápidas para o bem da população”, destacou Augustão. A proposta do grupo de trabalho é de que no próximo dia 28 este relatório seja oficialmente entregue aos representantes do Poder Executivo. Paralelamente ao relatório, os vereadores têm defendido a imediata reativação do Conselho Municipal de Transporte, desativado desde 2019.

Com base nas informações publicadas pela Atransp, a especialista Peola Stein, da UFSB, fez um estudo que aponta que neste período de pandemia houve uma redução de 58 por cento no número de viagens das empresas. O diretor da Atranspi alega que esse número é comumente registrado pelo fato de muitas vezes os cobradores e motoristas esquecerem de abrir e fechar os circuitos cumpridos, o que seria, também, uma outra atribuição do Poder Executivo.

Da ASCOM-CMI.

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