JABES: FALTA UM PACTO COM A CIDADE, POLÍCIA NA RUA É EM ÚLTIMO CADO


O Secretário-Geral do Partido Progressista (PP) e ex-prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, sugeriu hoje, durante entrevista concedida ao radialista Jota Carlos, da Rádio Santa Cruz (AM), que o prefeito Mário Alexandre comande um grande pacto com a cidade para enfrentar as dificuldades impostas pela pandemia e com o objetivo de conscientizar as pessoas para a necessidade do isolamento social.

Jabes voltou a criticar Marão por sua postura em pedir ajuda ao governo da Bahia para pôr a polícia nas ruas, com poder de voz de prisão, para pessoas que insistirem em sair de casa nos próximos dias. "Isso nem se diz. Isso só se faz quando se esgotam todas as possibilidades de diálogo", criticou. E completou: "É na crise que a gente vê as grandes lideranças. Ou surgem, ou se acabam".

Para Jabes, uma medida urgente que o prefeito deveria adotar é a suspensão de cobrança de taxas e impostos municipais pelo prazo mínimo de 90 dias. Reconheceu a dificuldade do comércio, destacando que, agora, uma importante ajuda é, ao invés de comprar em outras cidades, direcionar os recursos e as necessidades de compra para o comércio local.

O ex-prefeito de Ilhéus, também sugeriu que o atual prefeito dê também sua parcela de contribuição em tempos de pandemia reduzindo o próprio salário e dos agentes comissionados do seu governo. "Se o prefeito não começa dando exemplo, o cara que está isolado em casa vai dizer o que? Só eu tenho que sofrer?", comparou. Jabes disse que pode reivindicar isso, por que assim agiu na sua última gestão, quando teve dificuldades de governar. "Reduzi o meu em 40 por cento", lembrou.

O ex-prefeito disse ainda que um dos grandes erros estratégicos da atual gestão foi não ter feito barreiras sanitárias nos principais acessos do município. Citou como casos de sucesso, ao implementar esta medida, os municípios de Itacaré e Paulo Afonso.

Estrategicamente cuidadoso, disse que apesar das opiniões tornadas públicas, o seu discurso não tem a finalidade político-eleitoral. "Neste momento a pior coisa que pode existir para a cidade são as opiniões divergentes. Eleição municipal vamos discutir depois e federal será em 2022. Então vamos fazer isso depois. O que a cidade precisa são de atitudes objetivas para enfrentar esta guerra contra um inimigo que é de todos nós", assegurou.


*Do Jornal Bahia Online*

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