Após 75 dias foragido, vereador de Ilhéus acusado de liderar esquema de corrupção se entrega


Ele está afastado do cargo, também por ordem judicial dada em novembro de 2019.
Apontado como líder de um esquema de corrupção na Câmara Municipal de Ilhéus, sul da Bahia, o vereador Lukas Paiva (PSB) foi preso novamente nesta segunda-feira, 2. Ele se entregou à polícia em Salvador, após ficar 75 dias foragido, ao não cumprir mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça em 19 de dezembro do ano passado.
Ex-presidente da Casa, Paiva já havia sido preso em maio de 2019, no âmbito da Operação Xavier, coordenada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), que apura crimes de fraudes contábeis e falsificação de documentos. No entanto, foi solto no mês seguinte, após conseguir habeas corpus. Ele está afastado do cargo, também por ordem judicial dada em novembro de 2019.
Segundo um dos advogados de defesa de Paiva, Thales Habib, o vereador está preso no Centro de Observações Penais (COP), no bairro da Mata Escura, na capital baiana. De acordo com ele, a apresentação aconteceu de forma “espontânea” para que o vereador não ficasse na condição de foragido, na qual esteve quase três meses.
Questionado sobre o porquê de Paiva não ter se entregado logo após a expedição do novo mandado de prisão, o advogado justificou que o fim de ano, quando a ordem foi dada, é um período “muito complicado”. “É um período de recesso, no qual ele ficaria, caso tivesse se apresentado, sem julgamento. A defesa procurou o melhor momento para fazer essa apresentação”, argumentou, em entrevista ao Portal A TARDE.
Esta não é a primeira vez que o ex-presidente da Câmara de Ilhéus tem problemas com o cumprimento de decisões judiciais. O segundo mandado de prisão contra ele veio após o MP-BA denunciar que o vereador estava descumprindo medidas cautelares determinadas no momento em que foi solto. De acordo com o órgão, o político estaria deixando de fazer recolhimento noturno, chegado a sair da cidade.
A defesa aguarda agora o julgamento de um novo pedido de habeas corpus, que está sob relatoria do desembargador Pedro Guerra, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O recurso está nas mãos do MP-BA, que dará parecer sobre o caso.
Fonte: https://informa1.com.br/?p=58047

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